As barreiras das políticas públicas que freiam as pesquisas com cannabis no Brasil
Burocracias e entraves regulatórios dificultam avanços científicos, prejudicando, de certa forma, o desenvolvimento de tratamentos inovadores no país
Publicada em 19/08/2024
Mesmo previsto em Lei, as pesquisas com cannabis no Brasil ainda enfrentam preconceito e desinformação, afirma pesquisadora | Imagem: Vecteezy
As políticas públicas atuais do Brasil têm se mostrado um grande obstáculo para o avanço das pesquisas científicas com cannabis. Apesar do crescente interesse global nos potenciais terapêuticos da planta, pesquisadores brasileiros enfrentam uma série de desafios burocráticos e regulatórios que atrasam ou até mesmo inviabilizam estudos promissores.
A importância das pesquisas com cannabis é inegável. Estudos internacionais já demonstraram que compostos presentes na planta, como o CBD e o THC, têm eficácia comprovada no tratamento de diversas condições, incluindo epilepsia, esclerose múltipla e dor crônica. Contudo, no Brasil, as exigências para obtenção de licenças, o rigor na fiscalização e a falta de clareza nas diretrizes para condução de pesquisas criam um ambiente de incerteza e desmotivação para cientistas e instituições.
Este cenário foi tema de destaque no recente Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal (CBCM), onde a pesquisadora Marina Granato apresentou um trabalho científico abordando a intersecção entre política pública e pesquisa científica no Brasil. Em seu estudo, Granato criticou as burocracias enfrentadas pelos pesquisadores e propôs soluções práticas para simplificar os processos regulatórios, visando estimular a produção de conhecimento científico no país.
Veja a entrevista completa: