Cannabisol, canabitwinol e canabizetol: a nova geração de canabinoides
Pesquisadores identificam três novos canabinoides, cannabisol, canabitwinol e canabizetol, com propriedades terapêuticas promissoras, ampliando as fronteiras da ciência sobre a Cannabis sativa
Publicada em 29/10/2025

Ciência descobre compostos inéditos da cannabis com possível ação anti-inflamatória | CanvaPro
A descoberta de três novos compostos derivados da cannabis, o cannabisol, o canabitwinol e o canabizetol, está despertando o interesse da comunidade científica por seu potencial terapêutico.
Segundo o site NewsWeed, esses canabinoides recém-identificados, descritos em um estudo recente publicado na ACS Omega, pertencem a uma categoria ainda pouco explorada: os canabinoides diméricos, moléculas formadas pela fusão de duas estruturas químicas semelhantes.
Novas moléculas, novas possibilidades
O cannabisol (CBL-C6), o canabitwinol (CBTW) e o canabizetol (CBZ) foram encontrados em diferentes amostras de Cannabis sativa e apresentam propriedades químicas únicas.
Segundo os pesquisadores, o formato dimérico dessas moléculas pode conferir maior estabilidade e bioatividade, abrindo caminho para estudos sobre seu uso em inflamações crônicas, distúrbios neurológicos e doenças autoimunes.
De acordo com o estudo, o canabitwinol demonstrou características antioxidantes promissoras, enquanto o canabizetol pode atuar como potente agente anti-inflamatório. Já o cannabisol, o primeiro da categoria a ser isolado, mostrou-se relevante para pesquisas relacionadas à neuroproteção e à regeneração celular.
Mapeando o metaboloma da Cannabis sativa
A identificação dessas substâncias foi possível graças ao avanço das técnicas de espectrometria de massa e cromatografia, que permitem mapear com precisão o “metaboloma” da planta, o conjunto completo de seus compostos químicos. Esse mapeamento vem revelando a impressionante complexidade da Cannabis sativa, que abriga centenas de moléculas bioativas além dos já conhecidos THC e CBD.
Para os cientistas, compreender a interação entre esses novos canabinoides e o sistema endocanabinoide humano é um passo essencial para desenvolver terapias mais direcionadas e eficazes. A descoberta também reforça a importância da pesquisa científica livre de barreiras regulatórias, capaz de expandir o conhecimento sobre uma planta que, a cada estudo, revela ainda mais do seu potencial medicinal.
Com informações de NewsWeed.



