No Uruguai, os adolescentes não viram o consumo de maconha disparar, diferente do álcool e bebidas energéticas, drogas que são inteiramente legais, foram as verdadeiras estrelas do risco juvenil.

A X Enquete Nacional sobre Consumo de Drogas em Estudantes de Ensino Médio, realizada entre setembro e novembro de 2024 com mais de 5 mil jovens em cidades uruguaias, revela um quadro preocupante: álcool foi experimentado por 67 % dos adolescentes no último ano e foi o mais abusado; bebidas energéticas, com 66 % de consumo anual, são a porta de entrada para o uso de substâncias, iniciado em torno dos 13 anos.

Além disso, cigarros e vapes registraram prevalência combinada de 17 %, enquanto o uso de maconha caiu para 15 %, com consumo problemático estável abaixo de 2 %.

Legal não significa seguro

O presidente da ANEP, Pablo Caggiani, destaca que o maior problema está justamente nas drogas legais que contam com uma indústria por trás que, mesmo sendo regulamentadas, continuam gerando preocupações na adolescência. A mistura de energéticos com álcool triplica os riscos, e o consumo precoce começa em uma fase em que os impactos no desenvolvimento ainda são incertos.

Com informações de El Planteo.