
Maria Alcinda Castor de Melo (52), uma professora de história natural de Alagoinhas-PE, enfrenta uma batalha árdua para renovar a documentação que permite o cultivo de cannabis para fins medicinais. Mas sua jornada vai muito além de ser uma cultivadora autorizada; ela é mãe de Gabriel, um jovem de 26 anos portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA), e seu amor incondicional a impulsionou a buscar tratamentos alternativos.
Em 2017, após descobrir o potencial terapêutico da cannabis, Dona Alcinda iniciou a produção do óleo caseiro, uma esperança para acalmar as crises de agressividade que assombravam seu filho.
“Era uma época muito difícil, Gabriel tinha muitas crises de agressividade. Ele agrediu a professora, os amigos de sala de aula, familiares e até a mim. O caso era tão desesperador que certa vez pensei até em colocá-lo em uma clínica psiquiátrica,” relembra Alcinda.