"Mais que negócio, é vida”, diz Paula Scanapieco fala sobre a RDC 660 e a logística internacional
Paula Scanapieco, gerente comercial da Mile Express, explica no Deusa Cast como a RDC 660 garante o acesso de pacientes brasileiros a medicamentos de cannabis por meio da logística internacional
Publicada em 29/08/2025

Paula Scanapieco explica o papel da RDC 660 no acesso à cannabis medicinal | Foto: Sechat
No episódio mais recente do Deusa Cast, podcast do Portal Sechat, três especialistas debateram o cenário atual da cannabis medicinal no Brasil. A conversa abordou avanços regulatórios, desafios jurídicos e perspectivas para o futuro, reunindo Larissa Meneghel, advogada especialista em direito sanitário e ex-servidora da Anvisa; Juliana Sousa, advogada atuante em direito aduaneiro e penal; e Paula Scanapieco, gerente comercial da Mile Express, empresa especializada em logística internacional de produtos à base de cannabis.
Neste recorte, destacamos a fala de Paula sobre a RDC 660, norma da Anvisa que representa uma das principais portas de acesso a medicamentos de cannabis no país.
A RDC 660 e sua importância para os pacientes
Segundo levantamento da Kaya Mind, cerca de 670 mil pacientes brasileiros fazem tratamento com produtos à base de cannabis. A maioria deles utiliza medicamentos importados via RDC 660, enquanto outros acessam pela RDC 327, por associações ou por meio de ações judiciais.
Para Paula Scanapieco, a resolução tem um papel essencial: “A RDC 660 abriu uma brecha para conseguirmos, de forma expressa, trazer medicamentos de outros países e ajudar tantas pessoas”, afirma.
O trabalho da logística internacional na cannabis medicinal
A Mile Express atua diretamente no transporte e liberação desses medicamentos, garantindo que eles cheguem de forma segura e legalizada aos pacientes. Paula explica que 90% das importações vêm dos Estados Unidos, mas há também produtos vindos da Europa, Colômbia e Uruguai.
O processo é minucioso: desde a coleta do medicamento no país de origem, passando pelo preparo personalizado para cada paciente, com receita médica e autorização da Anvisa, até a entrega final em qualquer cidade do Brasil.
Mais do que negócio: um compromisso com a vida
Para Paula, o trabalho não é apenas comercial, mas também humano: “A logística internacional hoje é o braço direito para que o medicamento importado consiga chegar às mãos dos pacientes que dependem dele para viver melhor”.
Ela destaca que, apesar de o mercado ainda estar em fase de desenvolvimento, parcerias sérias entre empresas e operadores logísticos já têm feito diferença concreta na vida de milhares de brasileiros.
Assista ao episódio completo do Deusa Cast, em nosso canal do Youtube, para conferir essa e outras discussões sobre o futuro da cannabis medicinal no Brasil.
Veja o trecho da entrevista: