Mercado da cannabis no Brasil deve faturar R$ 1 bilhão em 2025 e especialistas destacam foco e novas verticais de crescimento
Deusa Cast #43 debate os caminhos da cannabis: humano, pets e construção civil.
Publicada em 27/08/2025

Imagem: IA
O episódio #43 do Deusa Cast foi ao ar nesta terça-feira, às 20h, e trouxe uma discussão sobre o futuro do mercado da cannabis no Brasil. Os convidados Marcelo Grecco, consultor de negócios em cannabis e sócio-fundador da The Green Hub, e Fernanda Zago, fundadora e CEO da WePayments. Durante a conversa, o movimento Green Rush foi destacado como ponto de reflexão no atual momento do mercado brasileiro e a importância de dar foco ao setor.
A cannabis foi retirada do mercado brasileiro há 80 anos e retomou espaço com a regulamentação do uso medicinal há cerca de 10 anos. Para Grecco, é natural que, nesse início, diferentes segmentos tenham sido colocados “no mesmo balaio”, mas o próximo passo é a especialização.
“Estamos entrando em uma fase em que será necessário ter foco. A previsão é de faturamento de R$ 1 bilhão em 2025 no setor medicinal, mas existem outras áreas importantes, como a indústria têxtil, o uso adulto, o alimento e o cosmético. Cada segmento precisa criar sua própria demanda e cadeia produtiva”, afirmou.
Grecco também destacou como a percepção sobre a cannabis mudou nos últimos anos.
“No início desse mercado, eu precisei ter coragem para colocar em minha rede social que trabalhava com cannabis. Hoje, isso já é visto como uma profissão.”
Já Fernanda Zago aposta em três verticais de maior crescimento para o setor no Brasil: uso medicinal em humanos, mercado veterinário e o hempcrete na construção civil.
“Minha aposta é que o mercado veterinário será o maior depois do humano. Já existem fornecedores, quem planta e quem cria a matéria-prima. Quando falamos de outros setores, o destaque vai depender de como a regulamentação do cultivo será implementada. Se ela permitir trabalhar com os resíduos do CBD, aí surgem novas ideias de negócios.”
Os especialistas convergem em um ponto: o mercado da cannabis brasileiro está em consolidação, mas precisa de foco e uma linguagem única para crescer de forma sustentável e alcançar novas frentes econômicas.