Parlamento português aprova descriminalização das drogas sintéticas

A maconha continua ilegal

Publicada em 05/08/2023

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Por Redação Sechat

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Portugal aprovou a descriminalização das drogas sintéticas, adotando uma abordagem liberal em relação a todas as drogas há várias décadas. Inicialmente, a estratégia visava reduzir a propagação do HIV/AIDS relacionada ao uso intravenoso de drogas, o que teve sucesso na diminuição das taxas de transmissão do HIV, publicou o portal High Times. Embora o porte pessoal de drogas seja descriminalizado, o tráfico de drogas ainda é penalizado criminalmente.

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As drogas sintéticas são artificialmente modificadas a partir de substâncias naturais, e a nova lei equipara seu tratamento legal ao das "drogas clássicas". A descriminalização dessas substâncias tem sido objeto de debate, já que o país ainda enfrenta desafios relacionados ao uso de drogas, especialmente devido a drogas mais recentes e mortais.

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Parlamento português aprova descriminalização das drogas sintéticas

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Alguns argumentam que a distinção entre consumidores e traficantes é fundamental para combater os efeitos adversos das drogas sintéticas. No entanto, as políticas atuais enfrentam desafios na aplicação e no fornecimento de tratamento adequado, com esperas de um ano para reabilitação financiada pelo estado.

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Embora Portugal tenha uma reputação progressista em relação às políticas de drogas, a cannabis ainda permanece ilegal no país. Com essa nova legislação, o país busca reforçar a prevenção e tratamento dos consumidores de drogas e lidar com os desafios decorrentes do uso de substâncias sintéticas.

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Você pode ler também: Cada vez mais pessoas neurodivergentes se automedicam com maconha no Reino Unido

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No Reino Unido, tem havido um aumento no uso de cannabis para fins medicinais, com um aumento de 29% no número de pessoas que se automedicam em comparação com 2019.

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A cannabis tem sido amplamente utilizada para tratar sintomas em diversas pessoas, incluindo aquelas com neurodivergência, ou seja, com desenvolvimento neurológico atípico. No entanto, o acesso à cannabis medicinal no Reino Unido enfrenta diversos desafios em relação à disponibilidade e ao uso adequado, o que leva muitas pessoas a recorrerem à automedicação.

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Indivíduos neurodivergentes, como os que têm Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), buscam na cannabis uma maneira de tratar sintomas como ansiedade, problemas sensoriais, dificuldade de concentração e regulação emocional.

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Eles compartilham que a maconha ajuda a acalmar e a se sentirem mais relaxadas em seus corpos, tornando-se uma alternativa para expressar seus sentimentos, especialmente quando enfrentam desafios relacionados ao autismo.