Três mulheres que venceram com a cannabis!

No Dia Internacional da Mulher, conheça a história de três mulheres que superaram suas dores e patologias com o uso medicinal da planta

Publicada em 08/03/2022

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Por João R. Negromonte

Não é de hoje que estudos apontam para o uso medicinal da cannabis como uma terapia alternativa no tratamento de diversas doenças. Dentre elas, estão aquelas que afetam somente o sexo feiminino, como endometriose, câncer de colo de útero, sindrome do ovário policístico e aquelas relacionadas aos efeitos colaterais da menstruação como dores, fadiga, sangramento intenso, dentre outras. 

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Sabendo disso, entrevistamos três mulheres que fazem uso medicinal da cannabis para algumas dessas patologias. Lubyanka Baltar, Natália Candiago e Poliana Rodrigues são o reflexo do empreendedorismo, força e delicadeza feminina. 

Lubyanka Baltar

A modelo e chef de cozinha Lubyanka Baltar, que participou do programa Masterchef Brasil em 2017, revela que começou a usar o óleo de cannabis em novembro de 2019 para tratar ansiedade. No entanto, ao longo dos anos, ela observou que a planta também era benéfica contra sintomas da TPM. 

(Imagem: Arquivo pessoal)

“Ajudou muito com a oscilação do meu humor e com as cólicas e dores de cabeça decorrentes da TPM. Sem mencionar a melhoria da qualidade de sono. Depois que descobri as propriedades anti-inflamatórias do CBD, nunca mais parei de usar. Hoje, eu tomo uma dose baixa todas as noites antes de dormir e quando entro na TPM, eu dobro essa dosagem por 9 dias,” ressalta Lubyanka. 

A chef destaca também que: “seria incrível ver nas prateleiras das farmácias [o CBD] ao lado dos coletores menstruais, bom para a saúde física, mental e do planeta. Sou fã da potência da planta da cannabis e estou empolgada com as descobertas que o futuro vai proporcionar para a população. Como chef de cozinha, então, são absurdas as possibilidades.”

Natália Candiago

(Foto: Arquivo Pessoal)

Já Natália Candiago encontrou, com o óleo de cannabis, alívio para a endometriose, doença inflamatória provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero). Natural de Caxias do Sul, a estudante de medicina explica que a cannabis proporcionou uma qualidade de vida que jamais imaginou ter antes do uso medicinal da planta:

“Com o uso do óleo, eu me redescobri como mulher, pois o mesmo reduziu significativamente minhas dores e, com isso, consegui realizar atividades que antes eu achava que não era capaz, devido a esses sintomas excessivos,” conta a jovem.

Segundo ela, muitas mulheres sofrem com o mesmo problema e, sem ter o conhecimento de outros recursos para o alívio do sofrimento, acabam por não procurar a cannabis. Entretanto, ela salienta que a informação e a educação podem mudar esse cenário, o que, para ela, “instigaria todas as guerreiras a buscarem alternativas para uma melhor qualidade de vida frente às suas condições de saúde”. 

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Poliana Rodrigues

Outra que também deu seu depoimento sobre os benefícios da cannabis foi Poliana Rodrigues, fundadora da SouBlum, startup criada para desestigmatizar os usos da cannabis na saúde íntima e bem-estar da mulher. Segundo Poliana, o tema é de extrema relevância, pois sua história com a cannabis é exatamente sobre saúde da mulher, controle dos corpos e medicinas não-humanizadas.

(Foto: Arquivo pessoal)

“Em 2019, depois de passar anos sofrendo de enxaqueca pelo tratamento anticoncepcional com hormônios, optei por colocar o DIU de cobre. O problema é que o DIU aumenta a intensidade do fluxo menstrual e das cólicas. Então não demorou muito pra que eu começasse a perder muita qualidade de vida. Logo no início, eu apelei para os tratamentos convencionais, alguns médicos me receitaram anti-inflamatórios cada vez mais fortes, mas, sem sucesso. Eu passei meses que vivi 15 dias seguidos com dores pélvicas, sem conseguir levantar da cama. Então, tive acesso a uma médica prescritora de cannabis e decidi olhar para minha relação com a planta a partir desse espectro de paciente,” diz Poliana, que continua:

“A cannabis não só me trouxe mais saúde e qualidade de vida, mas ela também me ensinou a ser uma paciente e, acima de tudo, ela me oferece uma maneira de eu mergulhar no autoconhecimento. Isso girou a chavinha da autoestima em mim. Entender, acolher e digerir minhas reações biológicas ao mundo é essencial para que eu consiga viver nele e nisso o tratamento me ajuda demais,” e completa:

“A cannabis fez com que eu me enxergasse enquanto corpo e força feminina, me conectou com capacidades criativas que eu nem sabia que tinha. Ela me trouxe muita qualidade de vida e nos últimos anos também me deu o grande privilégio de poder fazer parte de um movimento de transformação e abertura de diálogos. Ela me deu os motivos e a voz necessários para que viva a minha máxima potência enquanto mulher, paciente e empresária.”. afirmou.

Assim, através da histórias de mulheres como Lubyankas, Natálias e Polianas espalhadas pelo mundo, que iremos desmistificar os usos da planta e, talvez, levar um pouco mais de conhecimento, bem-estar e autoestima para mulheres batalhadoras que merecem ser homenageadas não só hoje, mas todos os dias. Afinal, todos os dias são delas. 

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