Indicado de Lula à Procuradoria-Geral da República sinaliza apoio à cannabis medicinal em conversa com Mara Gabrilli

Subprocurador Paulo Gonet Branco, escolhido por Lula para o cargo de procurador-geral, aborda posição favorável ao uso controlado da cannabis medicinal durante sabatina informal no Senado

Publicada em 15/12/2023

Indicado de Lula à Procuradoria-Geral da República sinaliza apoio à cannabis medicinal em conversa com Mara Gabrilli

Por Redação Sechat

Em sua recente interação com senadores, o indicado pelo presidente Lula para o cargo de procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, foi submetido a uma série de questionamentos, abrangendo temas diversos. Um dos destaques desse diálogo informal foi a abordagem da senadora Mara Gabrilli, do PSD de São Paulo, conhecida por sua defesa contundente em prol das condições das pessoas com deficiência e do uso da cannabis medicinal.

Lula indica Gonet à Procuradoria-Geral da República

Tetraplégica desde um acidente automobilístico em 1994, a senadora questionou Gonet sobre sua posição em relação ao uso controlado da cannabis medicinal, solicitando que o procurador não se opusesse a essa prática. Surpreendentemente, o indicado de Lula expressou simpatia pelo uso do fitoterápico, mencionando conhecer pessoas que obtiveram resultados positivos ao recorrerem a tratamentos baseados no canabidiol.

O diálogo entre Gonet e Gabrilli revelou uma postura receptiva do indicado à possibilidade de regulamentação do uso medicinal da cannabis. Em novembro, a senadora apresentou um projeto de lei que propõe um marco regulatório abrangente sobre o tema, autorizando o cultivo, a aquisição, a comercialização e o uso da planta e seus derivados em todo o território nacional. A proposta estabelece diretrizes específicas, como a necessidade de prescrição médica, quantidade adequada para o tratamento e a assinatura de um termo de responsabilidade.

A simpatia manifestada por Gonet em relação à cannabis medicinal acrescenta um novo elemento à discussão sobre a regulamentação do tema no país, sinalizando uma possível abertura para políticas mais progressistas e inclusivas na área da saúde. O posicionamento do indicado poderá influenciar debates futuros sobre a legislação e o acesso ao tratamento com cannabis medicinal no Brasil.