Quatro em cada dez brasileiros têm doença crônica; tecnologia pode ajudar no tratamento
Pensando nos desafios enfrentados por quem convive com doenças crônicas, empresa lança aplicativo de cannabis medicinal para facilitar o acesso a tratamentos seguros, acessíveis e personalizados
Publicada em 17/07/2025

Cannect anuncia o lançamento de seu novo aplicativo de cannabis medicinal, já disponível para Android e iOS. Imagem: Canva Pro
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) revelam que cerca de 40% dos brasileiros adultos convivem com alguma doença crônica, totalizando quase 60 milhões de pessoas. O tratamento dessas condições exige acompanhamento médico constante e, em muitos casos, uso contínuo de medicamentos.
Nos últimos anos, a cannabis medicinal vem se consolidando como uma alternativa eficaz no tratamento de diversas doenças crônicas. As propriedades terapêuticas da planta são atribuídas aos seus compostos ativos – os canabinoides, como THC (tetrahidrocanabinol) e CBD (canabidiol) –, que atuam no sistema endocanabinoide humano, responsável por regular processos como inflamação, dor, apetite, sono e controle motor.
Diversos estudos indicam que a cannabis medicinal pode melhorar significativamente a qualidade de vida de pessoas com condições como fibromialgia, epilepsia, esclerose múltipla, ansiedade e insônia. Ela também tem mostrado potencial para atuar como coadjuvante no tratamento de doenças cardiovasculares, neurológicas e autoimunes.
Tecnologia como aliada do tratamento
Um novo aplicativo promete facilitar o acesso de pacientes ao tratamento com cannabis medicinal no Brasil. Disponível para Android e iOS, a plataforma reúne funcionalidades como agendamento de consultas médicas, compra de produtos autorizados e acompanhamento personalizado. A plataforma Cannect afirma que o sistema prioriza a segurança e a privacidade dos dados dos usuários, aspectos considerados essenciais diante da sensibilidade das informações de saúde.
De acordo com Allan James Paiotti, CEO da plataforma, o foco é proporcionar praticidade sem abrir mão da responsabilidade clínica. “O aplicativo para nós nunca foi um fim. Sempre entendemos que ele seria um componente importante para uma jornada que está na palma da mão, mas que não pode deixar de lado uma avaliação médica de qualidade”, afirma Paiotti.