Catalunha: A maior produtora de cannabis da Espanha enfrenta repressões em massa

A ausência de um marco regulatório cria áreas de incerteza no mercado da maconha

Publicada em 04/07/2023

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Por Redação Sechat com informações de El Planteo

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A maior produtora de cannabis da Espanha enfrenta repressões em massa, As autoridades na região da Catalunha estão adotando medidas contra o aumento da produção e tráfico ilegal de maconha. A polícia está realizando diversas operações, confiscando grandes quantidades da substância, com o objetivo de desmantelar gangues de traficantes.

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A Catalunha se tornou o principal produtor de cannabis na Espanha, com a maior parte das exportações sendo direcionadas para a França, de acordo com informações do High Times. A região é atrativa porque os produtores podem utilizar propriedades abandonadas após a crise imobiliária de 2008 na Espanha. O processo de desapropriação dessas propriedades é demorado, o furto de eletricidade não resulta em prisão e os crimes relacionados à maconha têm penas mais leves do que nos países vizinhos, conforme mencionado em um artigo da Reuters replicado pela mídia.

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Em 2017, a Catalunha legalizou os clubes de cannabis. No entanto, uma decisão judicial em 2021 anulou essa lei e deixou os clubes em uma situação jurídica incerta. Portanto, os clubes atualmente operam com regras autoimpostas. Sob essas condições, eles cultivam sua própria maconha, aprovam a adesão após cerca de 15 dias e permitem a entrada apenas de adultos, que podem comprar até 60 gramas por mês, entre outras regulamentações.

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Eric Asensio, presidente da Federação Catalã de Clubes de Cannabis, comentou sobre como "a falta de controle legal está causando muitos problemas". Embora tenha sido aprovada uma medida para autorizar o uso medicinal da cannabis, o cultivo ainda é ilegal na Espanha.

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A ausência de um marco regulatório cria áreas de incerteza no mercado da maconha e resulta em todo tipo de disputas. No final do ano passado, a Guarda Civil realizou a maior apreensão de maconha do mundo, com o confisco de 32 toneladas pertencentes a uma organização baseada em Toledo, Ciudad Real, Valência e Astúrias. As 20 pessoas detidas controlavam todo o processo de produção e distribuição, transportando o produto tanto dentro da Espanha como para Suíça, Holanda, Alemanha e Bélgica. Até quando as autoridades espanholas e catalãs irão resistir em estabelecer um mercado legal de cannabis?

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